ESP Entendemos por “capital epistemológico” la riqueza económica, comercial, e intelectual derivadas de investigaciones científicas en el norte global centradas en la biodiversidad patrimonial de regiones geográficas hoy denominadas América del Sur, África y Asia. Somos conscientes que esta aproximación se basa en un análisis letrado y occidental de estas plantas, animales, fósiles y demás especies. Reconocemos que esta forma de individualización, junto a las prácticas e instituciones académicas occidentales que la sostienen, constituyen sólo algunos elementos del capital epistemológico y que no representan el alcance o impacto total de este, más aún cuando se toma como punto de partida la perspectiva de los pueblos originarios (y todas las formas de existencia que escapan esta denominación) que siguen sobreviviendo la expansión planetaria de la civilización occidental. Distinguimos plenamente que el conocimiento científico en el norte global es y ha sido una fuente continua de violencia y desapoderamiento de estos pueblos ancestrales. Calcular el capital epistemológico a través de instancias occidentales jamás podrá dimensionar con precisión el daño irreparable que estas han producido. Igualmente sabemos que al analizar la disparidad de producción de conocimiento entre el sur y el norte global este proyecto se basa en la figura del estado-nación contemporáneo, la cual es completamente insuficiente ante un trabajo verdadero de descolonización que requiere poner al centro otras cosmovisiones, que no son las hegemónicas por las mismas razones que anclan este proyecto.
EN We understand “epistemological capital” to be the intellectual, economic, and commercial, wealth derived from scientific research in the global north on the biodiversity heritage of geographical regions now referred to as South America, Africa, and Asia. We are aware that this approach is based on a literate, Western analysis of these plants, animals, fossils and other species. We recognize that this form of individualization, together with the Western academic practices and institutions that support this, constitute only some elements of epistemological capital and do not represent its full scope or impact, even more so when taking as a point of departure the perspective of the original peoples (and all forms of existence that escape this denomination) that continue to survive the planetary expansion of Western civilization. We fully understand that scientific knowledge in the global north has and continues to be an ongoing source of violence and disempowerment for ancestral peoples. Calculating epistemological capital through such Western means will never accurately measure the irreparable damage that these have produced. We also are aware that in analyzing the disparity of knowledge production between the global south and the global north, this project is anchored on the idea of the contemporary nation-state, which is altogether insufficient for actual decolonization work that requires putting other worldviews at the centre and that are not the hegemonic ones for the very same reasons that anchor this project.
POR Entendemos por “capital epistemológico” a riqueza econômica, comercial e intelectual derivada da pesquisa científica no norte global voltada para a biodiversidade patrimonial de regiões geográficas hoje chamadas de América do Sul, África e Ásia. Estamos cientes de que essa abordagem se baseia em uma análise letrada e ocidental dessas plantas, animais, fósseis e outras espécies. Reconhecemos que esta forma de individualização, juntamente com as práticas acadêmicas ocidentais e as instituições que as sustentam, constituem apenas alguns dos elementos do capital epistemológico e que não representam todo seu alcance e impacto, ainda mais quando se toma como referência as perspectivas dos povos originários (e todas as formas de existência que escapam a denominação), que continuam a sobreviver à expansão planetária da civilização ocidental. Nós estamos plenamente cientes de que o conhecimento científico no norte global foi, e continua sendo, uma fonte contínua de violência e desempoderamento desses povos ancestrais. Portanto, o cálculo do capital epistemológico por meio de instâncias ocidentais nunca será capaz de medir com precisão o dano irreparável que eles produziram. Sabemos também que ao analisar a disparidade na produção de conhecimento entre o Sul global e o Norte, este projeto se baseia na figura do estado-nação contemporânea, completamente insuficiente diante de um verdadeiro trabalho de descolonização, que exige colocar no centro outras visões de mundo, que não são hegemônicas pelos mesmos motivos que ancoram este projeto.